terça-feira, 29 de maio de 2007

Tu és como a Lua: com tuas fases, às vezes ficas escondida, mas nunca perdes o teu brilho encantador…

Como toda a gente tu tens tuas fases. Umas boas, outras nem por isso. Nas fases melhores sabes amar-me como nunca ninguém me amou. Fazes-me sentir bem, a teu lado, e fazes-me crer que o verdadeiro amor existe. Fazes de mim um “rei” para quem ser amado é tudo. Não sei se me amarás, mas sinto que me queres amar. Que queres começar de novo, pouco a pouco renascer e com a paixão de sempre me amar loucamente. Tens a consciência de que uma relação não é um jogo entre dois adversários, mas um jogo entre duas pessoas onde o grande objectivo é o equilíbrio. O grande objectivo é que ninguém perca, nem que ninguém ganhe. Com o empate ambos ganhamos e ambos ficamos no pódio. Um pódio que da entrada garantida a um grande amor.
Gosto da tua forma de me acarinhar, mesmo quando a expressão facial que te lanço não seja a mais favorável ao grande carinho em que me banhas.
Agrada-me a forma como te sentes seduzida, porque me faz sentir grande, assim como a tua felicidade quando um sorriso da minha face se solta.
Sinto nos teus olhos felicidade e tristeza, a cada vez que me queres dizer que “não”, mas que não o consegues. A Felicidade porque descobres que eu também quero o que tu queres, e a tristeza de não poder visto que a razão não o permite ainda.
Se este mar que há entre nós, em favor do teu querer, existe, quero ouvir da tua voz “ deseja-me porque eu também te desejo”.
Como é bom acordar com um beijo amoroso e um suave bom dia que me faz acordar feliz, sabendo que esse beijo perdura durante horas, até um novo beijo e um novo dia.
Por mais fases más que até possas ter, tuas fases boas compensa-me, porque eu vejo e sinto que mesmo na tua tristeza, em tuas fases menos boas, eu sou teu e tu és minha e por isso me sinto feliz.
Seja quando for, onde for, independentemente da hora, o teu brilho encantador, que nunca perdes, alimenta-me e faz-me sentir livre porque me fazes sentir amado.

Talvez um dia eu tenha coragem para uma nova viagem…

Estou sozinho no meu espaço, escondido entre as paredes de algumas recordações. Preparo-me para mais uma vez fugir e aprisionar todos os sonhos e desejos na minha solidão. Lentamente subo, esperando um empurrão, e penso que chegou o memento de transformar esta ilusão. Salto para outro lugar e ganhando coragem, enfrento a realidade. Quero aprender a construir um novo dia, um amanha. Acordo e momentaneamente me apercebo que sem lutar nada terei.
Hoje não quero ver ninguém, não vou sair de casa só para fingir que tudo está bem, que eu estou bem. Já conheço a rotina e sei de cor todos os passos que ainda tenho para dar. Solto os momentos, meus momentos, meus segundos e não sei como viver, porém, liberta-se-me uma força que tenho para renascer e deixo-me voar, saio do meu silêncio, troco as voltas ao tempo, e descubro que é hora de mudar.
Mudo e vivo nas ondas deste meu olhar, que abriga tudo que em mim existe, solto os meus dias e vejo-te, observo-te longe de mim. Mas sou livre como um beijo que anseia ate chegar a ti. Mas sou feliz assim, porque sou livre e o beijo já não parte de ti. Anseia chegar a ti, porém parte de mim. Sou livre, agora dos receios que davam cabo de mim.
O calor que está em mim não vem do sol, e felizmente também não vem de ti, vem de mim, de alguém que já foi feliz.
De hoje em diante não mais mostrarei quem sou, não direi o que sinto, onde estou ou para onde vou. De nada me valeu contar que era de ti que eu gostava, contar o que tinha para te dar. De que valeu a coragem se a viagem foi em vão?
Passo a andar mais escondido nos meus segredos e vou escrevendo o que sinto, lutando contra os meus medos. E tenho certeza que um dia darás valor ás palavras que eu tinha para ti, que acabei por não falar por ter medo de errar e as escondi. Talvez um dia saibas quem sou. Talvez um dia eu tenha coragem e nesse dia tudo o que mudou pode deixar-nos juntos numa nova viagem.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Atropela-me

Olhaste para mim e apenas me acenaste. Leve e suavemente me acenaste, enquanto sobre a forma de furacão meus sentimentos rodopiaram, sem parar. Nunca antes havia acontecido, ainda nem tinhas entrado e já eras Deusa e Senhora no meu coração. Teu olhar me ofuscou, como se de um carro vindo direito a mim de máximos ligados se tratasse e eu inocentemente deixei-me atropelar. Levaste-me de rompante e eu apenas queria olhar-te de frente, olhar-te, olhar-te, olhar-te… Queria olhar-te, queria que me olhasses e me dissesses o que me querias, o que sentias. Eu queria que voltasses a traz, que não me atropelasses, ou pelo menos que pedisses licença para me atropelares.
Por mais que a vida nos ensine o que fazer acabamos por errar, novamente, por amor.Por mais erros que eu cometa, se é que amar é um erro, nunca consigo deixar de te amar, e por ti continuarei a errar, continuarás a atropelar-me sem que eu me desvie, talvez seja esse o teu desejo também.Por mais que o meu sorriso faça transparecer ou significar tudo, nada, ou o mais profundo possível, ninguém sabe o que me vai na alma ou no coração...O que está no exterior por vezes esconde o que vai lá dentro. Enquanto o meu sorriso se encontra no seu “estado tridente forçado”, o coração chora…
E chora por ti. Por quem não quer saber de mim, por que não quer saber de quem é o meu coração…Quem não que saber de mim é ninguém.
Não, não sofre por causa de alguém, sofre por causa de ninguém.
Saberás tu qual o significado, o significado sentido, a envergadura da palavra amar?
Há quem não queira ser atropelado para não morrer. Eu quero viver, e para viver quero ser atropelado para poder viver, para amar-te. Quero amar-te mesmo sabendo que vou passar o resto da minha vida no hospital. No hospital sentimental onde eu sei sou o único enfermeiro, médico e curandeiro.
Por mais que a vida me sorria, ou que o tente fazer, algo está mal.
Falta sempre algo ou alguém.
Falta-me duas pessoas e dois sonhos.
Alguém que já partiu, Avô António.
Alguém que não sei se existe, ninguém.

Atropela-me

terça-feira, 1 de maio de 2007

És para mim...

Sinto uma imensa vontade de te ter, de te poder fazer feliz, uma vontade de sentir a tua presença, o teu charme, a tua felicidade, tua alegrias, tuas lágrimas que eu já limpei, e sempre voltarei a limpar se necessário for.
És para mim segundos… Segundos, porque em cada um deles, cada um dos três mil e seiscentos que a hora possui, eu te lembro, te possuo e te quero.
És sim … és o sim que dou a cada pergunta que a minha consciência me impõe… não consigo dizer-te que não. A cada pergunta trava-se uma batalha entre o amor e o orgulho. O primeiro, o amor, soletra-me ao ouvido dizendo: “ Tu ama-la, diz-lhe que sim”. O segundo, o orgulho, diz-me: “diz-lhe que não”.
Felizmente o Amor ganha sempre a batalha e eu não consigo dizer-te que não.
És para mim um abecedário, baloiçando entre o hemisfério direito e o hemisfério esquerdo do meu cérebro. Um abecedário ao qual eu retiro letras formando lindas palavras… AMOR, AMIZADE, CARINHO… Três entre tantas outras… Porém, a junção das letras que lhe roubas forma palavras diferentes das minhas…
És Alegria… A alegria que chutas para mim a cada momento que me dás o prazer da tua presença, quer seja no mesmo “bar de sempre” ou mesmo até em sonhos… Essa alegria, que és e que me dás, altera-me…
És medo… és o medo que eu sinto, sempre, o medo de te perder…

Se “quem ama, tem medo de perder” é uma máxima do amor, então eu amo-te.